quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Uma vampira do interior 1° Capítulo - continuação.


- Sim, pai. Estou na cozinha.
Ele abriu a porta e foi para onde estava.
- Após a janta, eu e sua mãe queremos falar com você. Temos algo muito sério pra falar.
- Nossa!!! Vamos nos mudar. Certamente. (falei de pronto e de uma só vez)
- Não. Mas espere sua mãe chegar e tudo será dito.

Depois disso, quem disse que conseguia comer???!!!
Olhava pra meu pai que devorava o terceiro bife. (Ele sempre foi bom de garfo)
Quando estava próximo das sete, eis que minha mãe chega com cara abatida e corre pra cozinha. Ela nunca come. Ao menos não a via comendo. Creio que sempre faz isso na casa dos patrões.

Em pouco tempo ela regressa mais corada e parecendo revigorada.

Estava admirando a lua que estava muito linda. Mas algo estava errada. Era como se algo me chamasse para fora de casa.

- Lilithy, venha a mesa. Precisamos conversar.

Quando me virei meus pais me encaravam da mesa e fui me sentar.

- Filha. Escondemos a muito algo de você. Mas não nos interrompa. É algo que precisamos contar logo e sairmos o quanto antes.

Achei bem estranho, mas a urgência na voz de minha mãe fizeram com que guardasse as reclamações para uma outra hora. Afinal de contas ela sempre foi muito calma. Esta nervozia não fazia parte  de seu ser.

- Bem...seu pai é um lobisomem e eu uma vampira. Tentamos esconder de você o máximo que deu. Mas precisamos sair daqui agora, porque nos encontraram. Quero que pegue somente o que você não pode ficar sem. O resto veremos depois.

Passado o choque eu corri para meu quarto, peguei poucas roupas, sapatos, escova de dente e pasta. Coloquei tudo em uma mochila e desci. Eles estavam me esperando. Entramos no carro e saímos em disparada.

Não percebi nada até passarmos por uma ponte. De um lado estavam alguns lobos enormes e do outro, figuras sombrias se escondiam atrás de algumas arvores centenárias. Um gelo me percorreu a espinha. Eles pararam no meio da ponte por uns instantes e logo em seguida meu pai afundou o pé no acelerador, fazendo os pneus do carro cantarem. Me segurei o mais firme que pude. Passamos por cima de algo. Mas achei melhor nem olhar.

Passamos semanas no carro. Meu pai dirigia de dia, a noite ele virava um cachorro perto da meia noite e minha mãe dirigia a noite. Foi cansativo, mas nos afastamos o suficiente para em fim, voltarmos a nos estabilizar.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Uma vampira do interior - 1° Capítulo



Capítulo Um
Diário de Lilithy

Uma noite escura, úmida e fria na chácara ondas verdes. Moro nas proximidades. A maio parte é verde e isso torna impossível estar fora a noite. Tarde da noite só maus elementos vagam, pelo menos é o que minha mãe fala. Ela trabalha na casa de outras pessoas em São Paulo. Ela acorda as três e só volta as sete. Então tenho que tomar conta da casa e do papai quando ele volta as seis do trabalho. Não reclamo pois isso faz parte de minha rotina desde que tinha 16. 

Já tinha terminado todos os afazeres e terminava de fazer a janta quando meu pai chegou.
- Lilithy